domingo, 2 de janeiro de 2011

Necessidades educacionais - novo olhar

Muitos alunos encontram-se hoje já rotulados e com seu caminho pré-destinado ao fracasso escolar...quantos atores educacionais que deveriam ser referências a estes alunos, hoje tornam-se verdadeiros profetas deste fracasso, levando essas crianças a falta de estímulo e de acreditar em si mesmo? Fala-se atualmente nas necessidades específicas e/ou especiais ( e vale dizer que ambos termos diferem-se em seus conceitos e especificações); e junto deste termo vem a forma errônea de colocar o aluno como principal responsável por estas necessidades; tirando assim toda a culpa do sistema.
Bom, o objetivo deste texto, não é de buscar culpados pela negligência com estas necessidades, que não são diagnosticadas, trabalhadas e que acabam levando o aluno ao insucesso nos âmbitos pessoal, familiar, econômico, social e cultural....Sim!!! Essa negligência a que citei, pode acarretar sérias consequências em todas essas áreas.
Porém, não consigo me calar com frases do tipo:"Ele não aprende", "Ele não tem atenção", "Ele não consegue"; colocando o aluno como principal ator de suas dificuldades. E, portanto, eu não poderia deixar de questionar como o sistema educacional atual tem tratado essas necessidades educacionais. É necessário que o sistema aqui tratado prepare-se e ajuste-se rumo a educação para todos. Não pode-se falar somente (embora muito necessário) em superação de barreiras arquitetônicas, é necessário a superação de barreiras preconceituosas e de falta da compreensão do desenvolvimento infantil, para que estas necessidades sejam compreendidas tbem.
O princípio de individualização se faz necessário! É impossível tornar o sistema ensino-aprendizagem homogêneo e fazer se cumprir etapas em que todos os alunos são fadados a terem que responder e corresponder igualmente a um curriculo imposto. E, além disso, é necessário recursos materiais e humanos adequados para esse novo olhar ao processo educacional.
Novo olhar para que essas necessidades não sejam vistas como empecilhos de aprendizagem e como impossibilidade de desenvolvimento.
E é por isso, que a educação é algo encantador! Pois vai muito além de um curriculo pré determinado, além de um sistema engessado em rótulos e separação de "níveis" de aprendizado...porém, cabe a cada educador, a cada ator educacional, quebrar essas barreiras impostas por um sistema que exclui em plena época de inclusão. Afinal, partindo do princípio de individualização, todos nós de alguma forma necessitariamos de uma inclusão...pois todos somos portadores de diferentes necessidades.

Poliana Franco (baseado em Eugenio González - Educação Especial: Conceito e Dados Históricos)